terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mousse de Morango

Tinha chegado de uma corridinha ao final da manhã e vinha cheia de fome. Antes sequer de pensar no que seria o almoço já estava a olhar para meia embalagem de queijo philadelfia no frigorífico... Hum... Mousse de Morango! Comigo não há resto de marcarpone, philadélfia ou natas que não virem mousse de morango, batido de morango, alguma coisa com morangos.
Adoro morangos! E como as natas e os queijos brancos vão sempre bem com fruta, porque não aproveitar?!
Assim, enquanto esperava que o esparguete do almoço cozesse fiz esta Mousse. Não tirei foto, mas como qualquer Mousse de Morango ficou com uma bonita cor de rosa.

Mousse de Morango
1/2 embalagem de queijo philadelfia
1 pacote de natas
2 chávenas de morangos congelados
2 folhas de gelatina
Nectar de Agave
Hortelã

Comecei por demolhar 2 folhas de gelatina num pouco de água.
No processador de alimentos juntei o queijo philadelfia, as natas e os morangos e pulsei até ter um creme mais ou menos homogéneo. Escorri a gelatina e aqueci-a em 2 colheres de sopa de água até estar bem dissolvida. Juntei a gelatina ao creme e pulsei novamente. Adocei a gosto (eu utilizei Nectar de Agave, mas açucar em pó, ou açucar cristal são opções igualmente boas) e juntei umas folhas de Hortelã. Coloquei este creme numa tigela e levei ao frio. Na hora da sobremesa já se comia, embora não estivesse completamente solidificado.
Como estava com pressa pus as natas directamente no processador de alimentos, mas se houver tempo, acho que bater as natas em chantilly e só depois envolvê-las aos creme de morangos com philadélfia dará maior cremosidade.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Seitan Piccata com Vinho branco e Alcaparras

Mais uma receita do "The Kind Diet". Este seitan fica muito, muito saboroso. Parece uma receita trabalhosa, mas não é, na realidade demora muito pouco a ficar pronta.



Seitan Piccata com Vinho branco e Alcaparras
(do livro "The Kind Diet" da Alicia Silverston)

500 gr de seitan cortado em fatias finas
Farinha para secar o seitan
¼ chávena de azeite
½ chávena de cebola cortadas em cubos pequenos
1 dente de alho picadinho
¼ chávena de alcaparras
1 chávena de vinho branco
¼ de sumo de limão
1 chávena de caldo de legumes
2 colheres de sopa de farinha
4 colheres de sopa de manteiga vegetal
Salsa fresca
Sal e pimenta a gosto

Seque as fatias de seitan passando-as na farinha, sacuda-as bem. Aqueça um metade do azeite numa frigideira e frite os bifes de seitan até estarem dourados (cerca de 30 segundos de cada lado). Reserve.
Adicione o resto do azeite na mesma frigideira. Junte o alho e a cebola e deixe estufar até estarem translúcidos, misture as alcaparras e deixe amolecer mais 1 ou 2 minutos. Junte o vinho, e deixe reduzir, misture o sumo de limão e deixe reduzir mais um pouco, mais 2 minutos.
Adicione o caldo de legume e a farinha (eu misturo a farinha no caldo de lumes primeiro para não engrumar) e deixe engrossar um pouco. Finalmente junte a manteiga e tempere a gosto. Deite este molho sobre o seitan e salpique generosamente com salsa!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estufado de Lentilhas

No universo dos livros de cozinha vegetariana, é invariável que haja um princípio filosófico subjacente a essa escolha. E de todos os livros que leio é natural que uns me influenciem mais do que outros. O livro "The Kind Diet" da Alicia Silverstone marcou-me, talvez por estar mesmo mais dedicado à filosofia dos que às receitas. Bem escrito, com ideias claras e definidas. Exemplos convincentes (pelo menos para mim). Radical, é um facto, mas há qualquer coisa em mim que gostava de radicalizar. Optar por um vegetarianismo mais puro. Assumir as minhas convicções e viver de acordo com elas! Acredito nos seus benefícios.
No entanto, mudanças radicais nunca são positivas, e muitas vezes revelam-se contraproducentes. Opto, por isso, por privilegiar em casa receitas e opções mais radicais.
Não é fácil ser-se vegetariano em Portugal. Embora se possa alegar que tradicionalmente a nossa alimentação era essencialmente vegetariana, sendo o peixe, e sobretudo, a carne apenas servidos em dias de festa. A verdade é que hoje em dia está centrada e concentrada no consumo de carne e do peixe. As alternativas passam, muitas vezes, pelas famosas saladas… Se não sou flexível acabo a comer alface, tomate, pão e azeitonas, e que enfim… não puxa carroça!
Acima de tudo as receitas do “The Kind Diet” têm-se revelado muito boas! Já é a segunda vez que faço este estufado de lentilhas. Muito, muito bom.

estufado de lentilhas acompanhado com arroz selvagem integral e couve portuguesa ao vapor.


Estufado de Lentilhas
½ colher de chá de alho em pó
½ colher de chá de paprika
½ colher de chá de sal fino
¼ colher de chá de cominhos moídos
¼ colher de chá de orégãos secos
¼ colher de chá de manjericão seco
2 colheres de sopa de azeite
2 dentes de alho finamente picados
2 cebolas cortadas ao pedaços
2 talos de aipo
1 cenoura grosseiramente cortada em cubos
1 batata cortada grosseiramente cortada em cubos (eu uso batata doce)
¼ de chávena de molho de soja
5 chávenas de caldo de legumes
3 tomates
1 ½ chávenas de lentilhas castanhas

Misture o alho em pó, a praprika, o sal, os cominhos, os orégãos e o manjericão numa tigela. Aqueça um pouco de azeite numa panela de sopa e junte o alho, a cebola, o aipo, a cenoura e a batata. Junte metade da mistura de temperos e o molho de soja. Deixe cozinhar durante cerca de 7 minutos até as cebolas estarem bem estufadas.

Junte o caldo de legumes (pode adiccionar mais água se achar necessário), os tomates partidos em cubos e as lentilhas. Junte o resto da mistura dos temperos e deixe cozinhar mais cerca 20 min. Uma sugestão para estufado é servi-lo acompanhado com umas fatias de bom pão torrado.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Creme de Tomate e Feijão Manteiga

Mais uma sopinha para aquecer as noites frias.
Muito simples e rápida. A intenção era utilizar um frasco de feijão manteiga que estava esquecido na despensa, e os muitos tomates que estavam no frigorífico. Porém, no último minuto, faltou-me a paciência e lá foram duas latas de tomate pelado.

Na minha família a grande especialista dos Cremes de Tomate é a minha irmã. E deixem-me fazer uma nota sobre a minha irmã. A minha irmã é o oposto de mim, quer fisicamente, quer em termos de feitio. Aliás, quem nos conhece em separado não nos atríbui qualquer grau de parentesco. Juntas, e com algum poder de sugestão, são, no entanto, detectáveis alguns traços comuns. O gosto pela cozinha, porém, segue a regra geral, uma gosta a outra não. Quando éramos miúdas e ficávamos sozinhas em casa, erámos a dupla perfeira... eu cozinhava, ela arrumava a cozinha. Eu gosto de cozinhar e portanto ficava toda satisfeita de estar na cozinha e ter quem comesse o que eu tinha preparado. Ela gosta de comer, e não se importa de arrumar a cozinha, tarefa que, confesso, detesto. Assim, nunca havia discussão, pelo menos quanto a isto... Claro que, e como qualquer mulher que não gosta de cozinhar, ela casou com um homem que cozinha. Alguém me explica este fenómeno?! Mas justiça lhe seja feita, ela não deixa a filha morrer de fome. Com a sua melhor amiga Bimby e alguns livros de cozinha ela já vai fazendo algumas coisas! E se no geral ela não é nenhum às na cozinha, no que toca a Cremes de Tomate ela dá cartas. Por isso é com orgulho que, modéstia à parte, digo que este creme não faz feio ao pé da receita dela.

Na minha opinião este Creme ganha vida com a junção, no momento de servir, de uma erva aromática. Eu usei salsa, mas outra erva a gosto ficará igualmente bem. Fica também a ideia, para quem gosta, de salpicar com um pouco de ovo cozido.
O R. não dispensa os seus croutons… mas nesse caso estamos mais perto de uma açorda alentejana do que de um creme de legumes.


Creme de Tomate e Feijão Manteiga
(inspirado numa receita do livro "The Bean Book" da Rosie Elliot)

2 cebolas (eu uso roxas)
Azeite
400 gr de feijão manteiga
2 latas de 200 gr de tomate pelado
1 lt de água (ou caldo de legumes)
sal a gosto

Refogue a cebora partida em pedaços num pouco de azeite, até ficar translúcida. Juntar o feijão e o tomate. E tempere a gosto. Cubra com água (ou caldo de legumes) e deixar cozer até amaciar bem os legumes. Passar com a varinha mágica. Se achar a sopa muito ácida pode adicionar uma pitada de açucar. Servir salpicado com um pouco de salsa.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Brownies de Chocolate com Café e Avelãs

Uma nova versão desta receita:

Algumas alterações foram propositadas outras circunstanciais. Repeti estes Brownies para experimentar a combinação Café e Avelãs em vez de Cerejas e Vinho do Porto.
Na minha opinião ficaram melhores que os anteriores! Gulosos!



Brownies de Chocolate com Café e Avelãs

2 cups de avelãs torradas
200 ml de café forte

1/2 cup de farinha de trigo
1/3 cup de cacau
1/2 colher de chá de sal
2 colheres de chá de fermento
300g de chocolate negro
80g de manteiga sem sal
2 cups de açucar mascavado
4 ovos
100 ml de natas
100 g pepitas de chocolate negro (ou chocolate cortado)

Numa tigela junte a farinha, o cacau, o sal e o fermente e reserve. Derreta em banho-maria (ou no microondas) os 300 grs chocolate, o açucar e a manteiga e deixe arrefecer (apenas o suficiente para não cozer os ovos).
Bata a mistura do chocolate e adicione os ovos um a um e batendo bem entre cada adicção. Com uma colher de pau envolva, apenas até incorporar, a mistura da farinha e as natas. Junte as avelãs, o café e o chocolate cortado.
Leve ao forno (180.º C) em tabuleiro untado e forrado com papel vegetal (vai ajudar a desenformar) durante cerca de 30 min a 40 min. A massa deve ficar bem cozida.
Eu utilizei a dica da Heidi e coloquei o bolo no frigorífico de um dia para o outro, só depois o cortei em pedaços, lavando sempre a faca entre cada corte. Estes brownies devem ser consumidos à temperatura ambiente. Se quiser pode polvilhá-los com cacau, eu não achei necessário. 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Portes Amazon

Numa altura em que vivemos assolamos por tantas notícias de crise financeira, problemas de Orçamento de Estado, uma das melhores notícias que recebi foi que a Amazon UK deixou de cobrar, para encomendas superiores a 25£, portes de envio para Portugal.

Ora aqui está uma boa medida para a minha poupança! Hum... ou talvez não...
Contive-me durante meses.
Hoje, já imbuída de espírito natalício, não resisti e fiz a minha primeira encomenda sem portes!

Um livro que há muito andava a namorar. Cheguei a tê-lo nas mão em Nova Iorque, mas convenhamos que era pesadote para trazer de recuerdo.

"Vegetarian Cooking for Everyone", da Deborah Madison, está a caminho!!!

Para o Verão de São Martinho!

Este Arroz de Castanhas sai sempre bem, mas sempre que quero fazer este arroz ligo à minha mãe porque já não me lembro onde anotei a receita. Desta vez vai ficar registada!



Arroz de Castanhas
1 chávena  de  arroz
1 chávena de castanhas congeladas (pode ser um pouco mais)
2 chávenas de água a ferver
1 cebola
1 ou 2 dentes de alho (a gosto)
Sal a gosto
Numa panela de pressão refogue a cebola e o alho num pouco de azeite, quando estiverem translúcidos junte o arroz de deixar fritar um pouco. Adicionar as castanhas e a água (já a ferver). Temperar a gosto (às vezes enquanto a cebola refoga junto um pouco de caldo de legumes). Tapar a panela de pressão, quando começar a chiar baixar o lume para o mínimo e deixar cozer 7 minutos. Depois este tempo desligar o lume e deixar descansar cerca de 10 a 15 minutos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

E não devia estar óptimo?!

Nunca percebi porque é que dizer a alguém que a comida que esta pessoa cozinhou parece de compra é um elogio. Pior, não percebo porque é que alguém toma isso como um elogio! Quando procuro receitas na internet, às vezes leio nos comentários às receitas: "Experimentei e todos adoraram. Acharam que tinha sido comprado!"

Mas não é suposto a comida caseira ser melhor? Porque é então de espantar que algo realmente bom tenha sido feito pela anfitriã?! De espantar seria o contrário. Será que sou eu que estou enganada?...
Deixa-me sempre preplexa o ar de espanto que as pessoas fazem quando dizem: "Foste tu que fizeste?! Bem, está óptimo!"
E qual é o espanto?! Não deveria estar óptimo?! Acho sempre que há uma mensagem subtil subjacente, como se não achassem a anfritã com capacidade suficiente para fazer alguma coisa saborosa, quase um insulto mascarado... algo como "bem, não estava nada à espera que fizesses algo comestível"... Parece que afinal as expectativas eram baixas...

Lamento informar, mas na minha humilde opinião a comida feita em casa, com amor e carinho, mesmo por uma cozinheira pouco apta é sempre melhor que a comprada fora. E comparem a minha comida à de compra não é um elogio!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Papa de Arroz

É sobejamente sabido que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia, mas por um motivo ou por outro acabamos por cometer os piores erros na primeira refeição da manhã, fritos - "um croquete e um café"?!, muitos açucares refinados, muitas vezes nem se toma o pequeno-almoço e passam-se muitas horas em jejum. Infelizmente o pequeno - almoço idílico de todos sentados à mesa em família, com fruta fresca, sumos naturais, torradas barradas com compota, etc., tipo anúncio da Flora, não é viável.

Esta papa é uma alternativa saudável, e diferente dos habituais cereais com leite. Pode ser acompanhada com banana ou puré de maça, um toque de canela, frutos secos, ou o que mais se gostar. Aprendi esta receita há alguns quando fiz um curso de cozinha vegetariana com a chef Fernanda Vaz.

Hoje foi com papa de arroz com canela e ameixas secas.



Papa de Arroz
(quantidade para cerca de 5 a 6 doses)
1 Chávena de Arroz Integral
4/5 Chávenas de água
1 Pau de canela
1 Estrela de anis
3 Cravinhos
3 Cardamomos verdes
Sal

Cozer o arroz, com a água, as especiarias e uma pitada de sal numa panela de pressão, durante cerca de 45 minutos. - Suponho que se for numa panela normal demorará mais ou menos o dobro do tempo, cerca de 1h30. É também possível que seja necessária mais água. - O que se pretende é que o arroz coza lentamente e que fique muito cozido quase papa.
Depois de cozido eu guardo o arroz numa caixa plástica dentro do frigorífico.
De manhã tiro duas ou três colheres de sopa de arroz e ponho numa tigela, junto um pouco de leite de soja e uma colher de chá de açúcar ou um pouco de néctar de Agave. Aqueço uns dois minutos no microondas (mas pode ser feito no fogão) e mexo bem. Uma pitada de canela e já está!
Pequeno-almoço reconfortante, de fácil digestão e saudável. E depois do arroz cozido só demora 3 minutos a preparar!