terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tarte de Cebola Roxa

Nem me lembro bem porque andei eu à procura de uma receita de Tarte de Cebola Roxa. Provavelmente devo ter comprado umas cebolas roxas e não sabia o que fazer com elas. Acontece muito comigo. Vejo as coisas no supermercado, fico toda contente, compro e depois, de repente as inúmeras receitas que usavam aquele ingrediente e que estavam sempre a aparecer, desapareceram todas! A última foi com Parsnip, ou em português pastinacas (pastinacas não é nada glamouroso, vou continuar com Parsnip). Encontrei-as no Jumbo das Amoreiras e nem hesitei. “Ah, as receitas que eu já vi com Parsnip e que agora vou poder fazer!” Cheguei a casa e fui logo procurar uma receita para experimentar. Parece mentira mas não encontrei nenhuma com jeito! Depois uma semana no frigorífico, já no limiar de irem para o lixo, fui ao “How to Cook Everything Vegetarian” do Mark Bittman, um livro de quase 1000 folhas deve ter alguma coisa! E tinha… acabei por fazer um simples puré, mas saboroso puré. Parsnip é sem dúvida um legume muito interessante… Bem, mas adiante que hoje a vez é das cebolas roxas!
Como eu ia dizendo provavelmente devo ter comprado umas cebolas roxas e andava à procura de uma receita especial para as experimentar. E se com o Parsnip a minhas ambições foram frustradas, com as cebolas encontrei mesmo uma receita especial. Esta tarte é muito, muito boa.

Já a servi em festas de aniversário, e a opinião é sempre unânime. Caso não haja cebolas roxas à mão pode ser feita com cebola normal desde que se acrescente um pouco mais de açúcar.

A base da tarte uso a de sempre… massa quebrada com azeite da Maria de Lourdes Modesto (ver: Tarte de Espinafres).



Tarte de Cebola Roxa

Massa quebrada
3 colheres sopa de azeite
2 colheres de sopa de açucar Demerara (ou normal)
1 colher de sopa de vinagre de Xerez (vinagre balsâmico também serve)
2 colheres sopa de mostarda (daquela que tem grãos)
2 dentes de alho
6 cebolas roxas (caso utilize cebolas normais acrescente mais uma colher de açúcar)
50 gr de queijo gruyere ralado (eu ponho cerca de 100 gr)
Sal e pimenta a gosto

Aqueça o forno a 180.º. Estenda a massa e forre uma tarteira, pique a massa com um garfo, ponha alguns feijões e leve ao forno durante cerca de 10 minutos. Tire os feijões e deixe arrefecer.
Aqueça o azeite uma frigideira anti-aderente e junte as cebola finamente cortadas em meias-luas. Tape de deixe cozinhar lentamente durante cerca de 15 minutos, até estarem moles. Convém ir mexendo de vez em quando para não deixar queimar. Depois dos 15 minutos junte os dois dentes de alho (eu faço à alentejana, descasco-os e com a faca deitada dou-lhes uma martelada), o açúcar e o vinagre. Deixe cozinhar durante mais 5 ou 6 minutos até as cebolas estarem caramelizadas. Tempere com sal e pimenta a gosto.

Barre a base da tarte com a mostarda (pode usar menos se achar que a quantidade da receita é demais). Deite a mistura das cebolas e cubra com o queijo ralado. Leve ao forno a gratinar, cerca de 10 min, até estar dourada.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bolachas de Abóbora e Especiarias

Estas bolachas são um sucesso!
Tenho a impressão que se as pessoas conhecessem a receita nem provavam… o facto de serem feitas com tofu ia, com certeza, fazer torcer muitos narizes. No entanto apresentadas apenas com bolachas sem mais explicações são sempre apreciadas.

A receita original é daqui Fat Free Vegan.
É um pouco trabalhosa porque temos de fazer o puré de abóbora (na versão original é utilizado puré de abóbora enlatado, mas que eu saiba em Portugal não há disso), mas não é difícil. Aliás, à velocidade que se comem, pode-se facilmente duplicar a receita e só se tem o trabalho uma vez.

As minhas bolachas não são vegan porque utilizei manteiga, era o que tinha. Também acrescentei um pouco de pimenta da Jamaica.

A receita original foi criada para aproveitar Okara, mas eu faço mesmo com tofu.



Bolachas de Abóbora e Especiarias

1/2 chávena de farinha de trigo integral
1/2 chávena de farinha de trigo branca
1/4 chávena de flocos de aveia
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de canela
1/2 colher de chá de gengibre
1/4 colher de chá de noz moscada
1/8 colher de chá de cravinho
1/8 colher de chá de pimenta da Jamaica
1/4 colher de chá de sal fino
1/3 chávena de manteiga vegetal
1/4 chávena de açúcar amarelo (demerara, ou até mesmo açucar mais escuro)
1/2 chávena de açúcar
115 gramas de tofu ou 1/3 de chávena de okara
1/2 chávena de puré de abóbora (eu cozo a abóbora a vapor e depois bato-a no processador de alimentos e espremo o puré num pano de cozinha, só depois meço a quantidade de puré de abóbora)
1 colher de chá de essência de baunilha (omiti)

Pré aqueça o forno a 180º.

Misture todos os ingredientes secos e reserve. Numa tigela bata a manteiga com os açúcar até ficar uma mistura cremosa. Entretanto bata no processador de alimentos o puré de abóbora com o tofu até formar uma pasta. Adicione essa pasta ao creme de manteiga com açúcar. Junte a essência de baunilha e bata bem. Junte a mistura das farinhas apenas até estas estarem incorporadas.
Com uma colher de sopa forme pequenos montes de massa, afastados cerca de 3 a 4 cm, num tabuleiro forrado com papel vegetal. Leve ao forno durante cerca de 15 a 20 min (depende do tamanho das bolachas) até estarem douradas. Deixar arrefecer.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tarte de Cogumelos

Nem sempre é possível chegar a casa e ter tempo ou paciência para fazer o jantar. Para evitar que os nossos jantares acabem sistematicamente em comida comprada congelada tento aproveitar o fim-de-semana para comprar os legumes e as verduras e prepará-los logo para a semana. Este domingo foi exactamente isso que aconteceu, tirei umas horas e fiz uma sopa de legumes, uma couve estufada com salsicha (vegetariana), um pirex de alho francês gratinado (para congelar) e esta tarte / pie de cogumelos.

Bem Outonal, é uma simpática pie que acompanhada de uma salada fresca faz uma boa refeição.


Tarte Cogumelos

½ cebola roxa
1 alho francês
1 embalagem de cogumelos Paris (+/- 200 gr)
2 cogumelos Portobello grandes
1 cálice de vinho branco
2 colheres de sopa de molho de ostras
Sal e pimenta a gosto

1 embalagem de massa folhada

Refogar a cebola cortada em meias luas finas. Quando a cebola estiver translúcida juntar o alho francês e deixar estufar. Quando o alho francês começar a cozinhar juntar os cogumelos laminados e o os portobellos cortados em pedaços. Temperar a gosto, tapar o tacho e com o lume baixo deixar murchar os cogumelos. Quando os cogumelos murcharem, juntar o cálice de vinho branco e deixar evaporar. Juntar 2 colheres de sopa de molho de ostras. Rectificar os temperos e deixar cozinhar até os cogumelos estarem apurados.

Estender uma placa de massa folha numa tarteira. Rechear com os cogumelos, escorrer bem o molho dos cogumelos para não ensopar a massa folhada. Tapar com a segunda placa de massa folhada previamente estendida.
Pode pincelar-se com ovo, mas não o fiz.

Levar ao forno a 180.º durante cerca de 40 min (até estar bem dourada e folhada).

domingo, 17 de outubro de 2010

Bolo de Maça da Berta

A Berta é uma pessoa maravilhosa, uma verdadeira Guru. A sua maneira de estar na vida é inspiradora. Serena mas sem ser mole, sem esperar que façam por ela. Quantas vezes as pessoas muito zen nos tiram do sério pela sua inércia, por simplesmente acreditarem que o Universo fará tudo e lhes trará tudo.  Aaaaahhhh, convenhamos, não há paciência! Depois há os outros, os que acham que vão mudar o mundo e não descansam enquanto não convencerem todos os que os rodeiam de que eles é que estão certos. A Berta não, é uma pessoa tranquila, mas activa, destemida e muito dinâmica. É a atitude dela que é diferente, em vez de se angustiar antecipadamente com os problemas, mantém o pensamento positivo de que chegaremos sempre a bom porto.
Encontro-a sempre com um sorriso nos lábios e uma dose imensa de compreensão, tolerância e paciência. Um dia gostava de ser como ela.

A Berta deu-me esta receita em São Pedro do Sul durante o pequeno-almoço. Três mulheres a tomar o pequeno-almoço, a falar de comida e a trocar receitas… tão típico…
Nessa mesma noite quando cheguei a casa fui experimentar esta receita. É um bolo simples, caloroso, óptimo para o lanche ou para se comer em qualquer hora.



Bolo de Maçã

1 1/2 chávena de açúcar amarelo (eu uso demerara)
1/2 chávena de óleo
2 chávenas de farinha com fermento
1/2 colher de chá fermento
3 ovos
4 chávenas de maçã aos cubos misturadas com duas 2 colheres de chá de canela


Bata o açúcar com o óleo. Adicione os ovos um a um. Junte a farinha com o fermento. Finalmente incorpore as maças com a canela.


Desta vez usei uma forma bundt, mas pode ser feito em qualquer forma ou até em como queques. Leve ao forno médio 180.º durante cerca de 45 min. O melhor é usar o teste do palito.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Seitan à Bolonhesa

Muito se fala de confort food ou, em português, comida reconfortante, há até livros exclusivamente dedicados a este tipo de comida . É um conceito relativamente recente, nos tempos da minha avó não havia cá nada disso, havia comida, às vezes gostava-se mais e outras vezes gostava-se menos. Os tempos, no entanto, e sejamos honestos, também são diferentes. O grau de stress a que estamos sujeitos é bastante mais intenso. Depois de um mau dia de trabalho, de muitas horas num trânsito caótico, ou outra qualquer peripécia desagradável sabe bem comer enroscada no sofá, directamente de uma tigela, algo simples e que nos faça sentir melhor.
Pratos reconfortantes costumam ser coisas fáceis de fazer, especialmente saborosas, ou até que nos façam lembrar a nossa infância. Estou certa que haverá uma explicação química para que alguns alimentos nos provoquem essa sensação de bem estar, e que contra todas as expectativas em dias mais nos façam terminar o dia a sorrir.
Eu gosto muito de um bom prato de esparguete à bolonhesa. Desde miúda. Foi aliás das primeiras coisas que aprendi a cozinhar. É fácil, saboroso, e nutritivo.
O melhor do Esparguete à Bolonhesa é que é um prato muito versátil, pode ser servido num jantar mais requintado, acompanhado de um bom vinho e de uma boa salada de rúcula e parmesão, é óptimo para as crianças e é comfort food.
A minha receita de Bolonhesa foi inspirada na receita da minha mãe. Com o tempo tem cada vez mais diferenças, a principal é que, ao contrário da versão original, a minha é feita com seitan.






Bolonhesa de Seitan


1 dente de alho
1 cebola
1 dl de vinho branco
600 gr tomate (eu uso metade tomate natural, metade polpa de tomate)
500 gr de seitan picado
200 gr de cogumelos naturais ou enlatados
sal e pimenta a gosto
queijo parmesão ralado para servir


Num tacho largo refogar o alho e a cebola num pouco de azeite até estarem translúcidos. Juntar o seitan picado e deixar fritar alguns instantes, e regar com o vinho branco. Deixar refogar um pouco, temperar com sal e pimenta a gosto e adicionar os cogumelos e o tomate. Tapar e deixar cozer. Se necessário juntar um pouco de água ou caldo de legumes.
Servir com um bom prato de esparguete e polvilhar com queijo parmesão ralado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Gelado Chocolate






Dizem as “regras de bem receber” que não se experimentam receitas quando se têm visitas. Além da fonte de stress adicional, corremos o risco de ter de improvisar um telefonema para a “Pizza Hut” para haver jantar na mesa.
Mas eu insisto em fazer isso mesmo. Experimentar receitas quando tenho convidados! É a alegria do “Living on the Edge”, a adrenalina da dona de casa! Vejo sempre nos jantares que organizo uma oportunidade de experimentar receitas novas, e ter um júri que as avalie. É portanto um “dois em um”. Isso e uma enorme ansiedade até confirmar que saiu tudo bem. O drama é habitual: “ah, isto não vai correr” “e agora o que faço?, isto saiu uma porcaria” “mas porque é que eu experimento coisas novas?!”.
No final tudo acaba por correr bem, ou, em alguns casos, acabo mesmo por aplicar o plano B. Eu tenho sempre um plano B, uma daquelas receitas hiper, super testadas que se fazem em quase nada e nunca me deixam ficar mal. Porque é que eu não opto logo pelo plano B? Ah, então, não tinha a mesma graça!

Desta vez o desafio era maior. Preparar um jantar para alguém que é alérgico ao glúten e à lactose… e, por opção minha, vegetariano. Confesso que este tipo de desafios me dá um imenso gozo. Pensar no menu, a pesquisa das receitas, a exploração de novos produtos e ideias. Experimentar coisas, que de outro modo não experimentaria, e descobrir pratos maravilhosos, que posteriormente podem ser servidos a qualquer pessoa. Desmistificando a ideia de que uma dieta especial significa comida sem graça.

O menu da noite foi:
Entrada: Tomates marinados em Manjericão
Prato Principal: Lasanha de Espinafres e Cogumelos (com massa sem glúten)
Sobremesa: Ananás acompanhado com Gelado de Chocolate e Banana

Embora a entrada também fosse uma receita nova, não me causou preocupação. Quão mal podia correr uma coisa tão simples?! Uma receita da Mafalda Pinto Leite, "Cozinha para quem não tem tempo".


Tomates marinados em Manjericão


1/2 chávena de manjericão
1/3 chávena de azeite
Flor de sal e pimenta moída na hora
4 tomates maduros


Coloque o manjericão, o azeite, o sal e a pimenta num rôbo e bata até ficar uma espécie de pasta. Coloque os tomates num prato de servir e regue com o azeite de manjericão. 

Acompanhei para uns o tomate com umas fatias de pão integral torrado regado com um fio de azeite, e para outros com uns grissinis sem glúten.

O gelado foi a aventura do dia. Vi a receita neste blog: http://dietasgsc.blogspot.com/. Achei que tinha potencial. Comprei os ingredientes todos, mas não encontrei abacates maduros. Esqueci-me de que os abacates verdes amargavam. Neste momento vejo, com clarividência, quão básica é tal constatação, mas na altura, no entusiasmo da novidade e casmurrice de fazer a receita que tinha escolhido nem tal coisa nem me passou pela cabeça. Claro que, já a meio do processo de geladação, quando resolvi provar o sorvete verifiquei que estava um belo sorvete de chocolate amargo! Lixo com ele…

Autoflagelando-me mentalmente pela burrice fui buscar o ananás que tinha comprado caso o gelado não ficasse bom.

Enquanto arranjava o ananás continuei a pensar no gelado. É que achei que, apesar de tudo, a receita tinha efectivamente potencial, enfim, caso os abacates estivessem maduros. Não conformada com o fracasso, e sem abacates pensei numa alternativa. “Hum… Hum… bananas! E se em vez de abacates eu usar bananas?!” Têm o mesmo efeito, adicionam textura e cremosidade. Têm um sabor mais activo, mas chocolate e banana não é propriamente uma combinação original.

Avancei segunda vez com a receita, mas desta vez com bananas. Ficou doce demais, ajustei nos adoçantes mas não foi o suficiente, afinal a banana também é naturalmente doce.

De qualquer modo, é receita a repetir. Vou voltar a tentar com abacates maduros. E novamente com bananas tentando ajustar melhor os açucares. O gelado ficou muito cremoso, e é uma óptima alternativa para quem não pode consumir nem lácteos, nem glúten.



Sorvete de Chocolate

- 8 tâmaras sem caroço deixadas de molho em 1/4 de xícara de água;
- 2 abacates médios maduros (usei 2 bananas);
- 1/2 xícara de nectar de agave;
- 200 ml de leite de coco;
- 5 colheres das de sopa de chocolate em pó;
- 2 colheres das de chá de açúcar vanille ou vanilina ou extrato de baunilha.

Bata as tâmaras com a água no liquidificador. Adicione os outros ingredientes e bata até obter um creme uniforme.
Transfira este creme para a máquina de gelados e bata por meia hora. Querendo um sorvete mais consistente, leve ao congelador por mais 3 horas.
Caso não tenha máquina de fazer gelados deite o gelado numa caixa no congelador, e mexa de hora a hora para quebrar os cristais de gelo e tornar o gelado cremoso.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Panquecas de Domingo II

Mais uma receita de panquecas de domingo. Para um domingo chuvoso como foi o último, por exemplo... Sabe mesmo bem comer umas panquecas acabadas de fazer ao pequeno-almoço, ou lanche, acompanhadas de um bom chá ou chocolate quente.

Desta vez tirei a receita do “Cozinha para Quem não Tem Tempo” da Mafalda Pinto Leite. O melhor livro dela na minha opinião. Receitas rápidas, que funcionam, mesmo quando se aldrabam uns quantos ingredientes.

Estas panquecas são muito boas, e é um instante enquanto se preparam. Para as duas pessoas cá de casa meia receita é o suficiente.

A única alteração de relevo que faço é substituir o leite de vaca por leite de soja. Vou transcrever a versão original da receita, mas eu faço a massa das panquecas numa mesma tigela. Misturando primeiro os secos, depois os húmidos  e batendo só com uma colher de pau.

Panquecas

Para 6 a 8 pessoas

2 chávenas de farinha sem fermento
2 colheres de chá de fermento em pó
½ chávena de açucar fino
2 ovos à temperatura ambiente
1 ½ chávena de leite à temperatura ambiente (eu uso leite de soja)
70 gr de manteiga sem sal derretida

Numa tigela média misture a farinha, o fermento e o açúcar. Noutra tigela bata com uma  batedeira de varas os ovos, o leite e a manteiga derretida. Deite esta mistura para dentro da tigela com a farinha a bata bem.

Leve uma frigideira grande ao lume baixo, unte com manteiga. Faça as panquecas em várias vezes, nunca colocando mais do que 2 de cada vez (1/4 de chávena de massa para cada panqueca). Deixe cozinhar cerca de 2 minutos de cada lado ou até começar a ficar dourado.