terça-feira, 28 de setembro de 2010

Livros...







Será necessário dizer o quanto gosto de livros de receitas?!
E estes são apenas os da prateleira principal, ainda existem umas boas dezenas de revistas, e uns quantos livrinhos que andam sempre espalhados pela casa...








quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Brownies de Chocolate com Cerejas

De todas as receitas saudáveis da Heidi, a primeira que posto aqui são estes Brownies Chocólatras. Não são a opção mais saudável convenhamos, mas são deliciosos! Esta receita despertou a minha curiosidade pela sua originalidade, leva muuuuiiiiitttooooo chocolate, muito açúcar, pouca farinha e vinho do Porto! Ontem depois de ter convencido o R. a abdicar de uma mousse de chocolate por uma fatia de melão, achei que o devia compensar. E eis que, por acaso, naturalmente, nasceu a oportunidade de experimentar esta receita. Ooey-gooey é de facto a expressão que define estes Brownies. O primeiro impacto é de que são muito enjoativos, mas logo a seguir estou a cortar mais um pedacinho para voltar a provar.

 Como não tinha cerejas secas, utilizei umas cerejas cristalizadas que restaram do Natal (claro que estavam dentro do prazo!), porém acho que teriam ficado melhor com nozes. De resto, fiz apenas pequenos ajustes, não coloquei o vinho do porto todo na massa (como usei cerejas cristalizadas, estas quase não absorveram líquido nenhum), roubei um pouco ao açucar, medi bem a meia chávena de farinha, e usei um pouco mais de natas azedas (sour cream), a embalagem tinha 150 gr e foi toda.



Brownies de Chocolate com Cerejas
2 cups de cerejas secas
200 ml de vinho do Porto

1/2 cup de farinha de trigo integral
1/3 cup de cacau
1/2 colher de chá de sal
2 colheres de chá de fermento
300g de chocolate negro
80g de manteiga sem sal
2 cups de açucar mascavado
4 ovos
100 g crème fraiche ou sour cream
145 g pepitas de chocolate negro (ou chocolate cortado)

De véspera regue as cerejas com o vinho do porto e deixe macerar.

Numa tigela junte a farinha, o cacau, o sal e o fermente e reserve. Derreta em banho-maria (ou no microondas) os 300 grs chocolate, o açucar e a manteiga e deixe arrefecer (apenas o suficiente para não cozer os ovos).
Bata a mistura do chocolate e adicione os ovos um a um e batendo bem entre cada adicção. Com uma colher de pau envolva, apenas até incorporar, a mistura da farinha e o crème fraiche ou sour cream. Junte a cerejas, o vinho do porto e o chocolate cortado.
Leve ao forno (180.º C) em tabuleiro untado e forrado com papel vegetal (vai ajudar a desenformar) durante cerca de 30 min a 40 min. A massa deve ficar bem cozida.
Eu utilizei a dica da Heidi e coloquei o bolo no frigorífico de um dia para o outro, só depois o cortei em pedaços, lavando sempre a faca entre cada corte. Estes brownies devem ser consumidos à temperatura ambiente. Se quiser pode polvilhá-los com cacau, eu não achei necessário. Bom Apetite!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Creme de Abóbora

Também do “The Complete Tassajara Cookbook”, o livro que me inspirou a adquirir uma faca japonesa para cortar legumes. E sem qualquer arrependimento. Com uma faca destas cortar os legumes torna-se mesmo uma tarefa divertida!
Quanto a este Creme, adoro o seu nome original: “Perfection Squash Soup”. Para alguém que como eu anda sempre em busca “da” receita perfeita, pareceu-me que tinha dado um passo à frente no mundo das sopas/cremes de abóbora. No entanto, esclarece o autor que Perfection Squash é o nome da abóbora e que perfection não se refere à qualidade da sopa. É pena, mas não sendo perfeito este Creme é uma delícia! Não consegui descobrir em português que variedade é esta, assim a graça do nome perde-se na tradução. 

A utilização das natas é opcional, não costumo colocar. Para contrabalançar o doce deste creme gosto da acompanhar com croutons salgados.

Creme de Abóbora
(Serve 4 a 6 pessoas)
2, 5 Kg de Abóbora (eu gosto de usar a Butternut, mas ficará bom com qualquer ourtra variedade)
2 cebolas
3 colheres de sopa de manteiga
4 dentes de alho
3/4 colher de chá de sal
½ colher de chá de tomilho seco
1 litro de água fervente
½ chávena de natas (opcional)
Sal
Pimenta
Tomilho Fresco


Arranje a abóbora descascando-a, retirando-lhe as sementes e cortando-a em pedaços. Estufe as cebolas com a manteiga, sal, alho e tomilho seco. Quando as cebolas estiverem tenras adicione a abóbora e a água a ferver (a abóbora deve ficar coberta de água, caso seja necessário adicione mais um pouco de água). Depois da abóbora estar bem cozida bata a sopa com a varinha mágica. Adicione mais água se vir que a sopa está muito espessa. Junte as natas e rectifique os temperos. Decore com o tomilho fresco e Bom Apetite!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Medidas

Não há muitos livros de cozinha vegetariana portugueses, e, salvo raras excepções, os que há também não me enchem as medidas. Assim, cerca de 90% dos livros de receitas que tenho são ou ingleses ou americanos. Ora, como é sabido, e por razão que ainda não me ocupei de aprofundar, tanto uns como outros não utilizam, por regra, o sistema métrico. Normalmente as medidas são dadas em cups e em spoons. Na realidade, e diga-se em abono da verdade, são muito mais práticas. Raramente é preciso balança, é só encher as tais cups e despejar para dentro da tigela! 

Eu tenho um conjunto de Cups e Spoons que comprei na "Casa" e que me são muito úteis.

As cups americanas não têm exactamente a mesma capacidade das cups da inglesas, mas eu utilizo as que tenho em casa (as inglesas) e nunca nenhuma receita correu mal, bem... pelo menos nunca correu mal por causa disso... Suponho que o critério da proporção é bem mais importante.

De qualquer modo aqui fica a indicação da capacidade em ml da minhas medidas:

1 Cup: 250 ml
3/4 Cup: 175 ml
2/3 Cup: 150 ml
1/2 Cup: 125 ml
1/3 Cup: 75 ml
1/4 Cup: 50 ml

1 Colher de Sopa: 15 ml
1 Colher de Chá: 5ml
3/4 Colher de Chá: 3,75 ml
1/2 Colher de Chá: 2,5 ml
1/4 Colher de Chá: 1 ml

Fica feito o esclarecimento, neste blog, sempre que me refiro a cup ou chávena, a capacidade das minhas medidas é a acima indicada.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pão Rápido com Limão e Cardamomo

Eu gosto de fazer pão em casa. Não porque tenha pretensões a ser uma Deusa Doméstica, que domina todas as técnicas culinárias, - embora seja simpático pensar que sim - mas porque gosto de saber o que como, e escolher os ingredientes da melhor qualidade, e também, confesso, porque acho muito divertido amassar massa de pão. Normalmente opto por privilegiar as farinhas integrais, que além de mais saudáveis permitem uma combinação sem fim de sabores, misturando vários tipos de cereais, e adicionando ervas aromáticas e ou especiarias.

O único problema de fazer pão em casa é o planeamento, e este pode ser um grande problema. Convenhamos, são necessárias, pelo menos, 3 horas para ter uma bonita massa levedada, e nem há tempo ou paciência para isso. Quando a fome fala mais alto, e tempo urge, faço um “Soda Bread” – Pão de Soda?! É um tipo de pão onde o fermento é substituído por bicabornato de sódio e portanto não precisa levedar. É portanto a solução ideal para ter rapidamente um pão quente e saboroso a sair do forno.

Esta receita tirei-a de um livro que eu adoro “The Complete Tassajara Cookbook”. Uma versão enriquecida com limão e cardamomo. Fica óptimo simples, com manteiga, queijo ou compota, e acompanhado de uma boa chávena de chá ou café.


Pão Rápido com Limão e Cardamomo

Ingredientes: 
1 chávena de farinha de trigo integral
1 chávena  de farinha de trigo
½ colher de chá de sal
½ colher de chá de bicabornato de sódio
1 colher de sopa de açucar (opcional)
½ colher de chá de cardamomo em pó
85 gramas de manteiga
1 ovo
Raspa de 1 limão
1 iogurte natural
1 colher sopa de manteiga derretida

Ligue o forno a 180.ºC.
Junte os ingredientes secos numa tijela. Com as mãos junte menteiga até formar um granulado grosso. Adicione o ovo, a raspa de limão e o iogurte. Mexa até envolver os ingredientes. Numa superfífia enfarinhada amasse até a massa ficar homógena. Cerca de 1 minuto, não mais. Forme uma bola e faça um corte em forma de cruz. Pincele com a manteiga derretida e leve ao forno cerca de 35 minutos.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tijolinhos de Café

Estes tijolinhos também estiveram na mesa aquando do meu aniversário. São uns docinhos muito agradáveis para acompanhar com o café ou o chá. Rápidos de fazer podem ser preparados de véspera e apenas cortados no momento de servir.
Copiei esta receita de um caderno de receitas da Nestlé.


 Tijolinhos de Café
1 lata de leite condensado
2 colheres de sopa de Nescafé
1 colher de sopa de licor de laranja, pode ser Tia Maria (eu usei licor de canela)
Bolachas Maria
35 gr de manteiga.
1 colher (sobremesa) de mel

Misture  leite condensado, a manteiga, o Nescafé e o mel. Leve ao lume, mexendo sempre, até que se desprenda do fundo da caçarola. Junte o licor e volte a mexer.
Disponha alternadamente num tabuleiro uma camada de bolachas e uma camada de massa. Leve ao frigorífico algumas horas. Quando estiver com uma consistência firme corte os tijolinhos. 

sábado, 11 de setembro de 2010

Lasanha de Espinafres e Cogumelos

Há uma coisa que não compreendo, porque é que toda a gente, quando sabe que eu não como carne, e atenção nem me anuncio sequer como vegetariana, me sugere que eu coma uma salada?

E quando falo de salada não é uma salada com leguminosas, queijo, fruta, frutos secos, etc, que até me podia cativar… normalmente estamos a falar da tradicional salada vegetariada de restaurante com alface, tomate, cenoura, milho e talvez um queijo fresco… Não é que eu não goste de saladas, mas convenhamos, há outras coisas melhores. Na minha opinião pelo menos.

Esta é mais que uma receita vegetariana, é uma receita vegan. Sem tomar posição sobre esta filosofia, a verdade é que por radical que seja não consigo deixar de simpatizar com as suas motivações. Daí que vai não vai gosto de procurar e experimentar receitas vegan. Vão muito para além de qualquer salada e há receitas vegan maravilhosas e que utilizam ingredientes simples que se compram em qualquer supermercado. Pratos que se comem sem pensar se tem ou não isto ou aquilo, apenas saborendo aquilo que é boa e saborosa comida. Esta lasanha é uma dessas receitas e muito fácil de fazer. O ingrediente mais incomum é o tofu… que já não é tão estranho assim. É também óptima para quem é intolerante aos lacticínios, ou simplesmente quer variar os ingredientes.

Esta receita de lasanha foi tirada deste blog Fat Free Vegan.



Lasanha de Espinafres e Cogumelos

250 gr de cogumelos laminados
1 dente de alho (omiti)
2 colheres de sopa de água
2 frascos de 400gr de molho de tomate pré-preparado
9 placas de massa
Parmesão ralado vegan (opcional)
Azeitonas pretas laminadas (opcional)

Recheio:
400 gr de espinafres congelados, já descongelados
500 gr de tofu
1 colher de chá de sal (opcional)
1 ½ colheres de chá de oregãos
½ colher de chá de alho em pó
1 colher de chá de mangericão
½ colher de chá de rosmaninho
1/8 colher de chá de pimenta cayenne

Saltear, em lume médio, os cogumelos e alho nas duas colheres de água até murcharem. É conveniente cozinhar os cogumelos tapados para que não sequem, e ir mexendo de vez em quando. Quando estiverem cozinhados junte aos cogumelos o molho de tomate.

Coloque o tofu e os espinafres (os meus não descongelaram a tempo pelo que os fervi alguns minutos. Depois de fervidos escorri-os bem antes de juntar ao tofu) num processador de alimentos. Pulse algumas vezes. Adicione os restantes ingredientes e processe até ficar com uma pasta homogénea (fiz uso do que tinha à mão e apenas temperei com sal, alho em pó, um pouco de tomilho e pimenta cayenne).

Ligue o forno a cerca de 200.ºC.

Monte a lasanha num pirex alternando as placas de massa, o molho com os cogumelos e a pasta de tofu e espinafres. Inicie e finaliza com o molho de tomate.
Leve ao forno coberto com papel de alumínio durante 30 min. Retire o papel de alumínio, salpique com as azeitonas cortadas e o queijo parmesão e leve a assar mais 30 min. Deixe repousar cerca de 15 minutos antes servir.

Nota: Na minha lasanha, e porque não sou vegan, utilizei placas de massa confeccionadas com ovos e queijão parmesão normal.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Doce Suiço

Desconfio que todos os restaurantes de Portugal têm um doce da casa que, invariavelmente, leva qualquer coisa como natas, bolacha maria, chocolate, leite creme e/ou leite condensado. Também invariavelmente este doce costuma ser muito popular. Este é mais um Doce da Casa… com a pequena grande diferença que este é o Doce da Minha Casa.

Na realidade, o título original da receita é Doce Suíço. Nunca percebi porquê… não entendo o que haja de suíço nesta receita … mas lá que desaparece antes do cucu dar as horas desaparece.

Tirado do valioso caderno de receitas da minha mãe, esta sobremesa é presença obrigatória em qualquer comemoração que se preze!... E a César o que é de César, a minha mãe faz o melhor Doce Suíço do MUNDO! Quarta-feira, no dia em que completei 31 primaveras, mais uma vez o Doçe Suíço esteve à mesa e confeccionado por mamãe como manda a tradição.

Doçe Suíço

1 lata de leite de condensado
1 lata de leite comum
4 ou 5 gemas
Raspa de limão

Vai ao lume até engrossar. Em seguida vaza-se num pirex de ir á mesa e deixa-se arrefecer (menos duas colheres de sopa).

Leva-se ao lume um copo de leite normal com 8 colheres de achocolatado em pó até engrossar um bocadinho. Molham-se os palitos la reine até ficarem bem molhadinhos. Colocam-se os palitos em cima do creme e vaza-se o resto do molho de chocolate sobre os palitos.

Batem-se 4 colheres de açucar com um pacote de natas a que se juntam 2 colheres do primeiro creme. Despeja-se por cima de tudo. Decora-se com um pouco de bolacha maria ralada.

Nota: Fica melhor feito de um dia para o outro.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Creme de Beterraba

Esta sopa é um must. E basicamente não há muito mais a dizer sobre o assunto, eu podia dizer apenas isto e dar a receita. Mas não sou capaz. Tenho de repetir que esta sopa é absolutamente maravilhosa, quer em aspecto como em sabor, e acrescentar que é muito saudável e tãaaaaooo fácil de fazer.

Tirei esta receita da internet, mas já não me lembro de onde para pode fazer a merecida justiça ao seu criador. Tenho pena, porque gostava de parabenizar o seu autor pois esta sopa já converteu detestadores oficiais de beterraba.

O meu toque pessoal nesta sopa é a utilização de beterrabas assadas em vez de as cozer como era pedido na receita original.



Creme de Beterraba

Ingredientes:
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola (eu uso cebola roxa)
1 cenoura
800 grs de beterraba (eu utilizo beterrabas já assadas)
2 maças Granny Smith
1 Lt de Caldo de Legumes (ás vezes ponho mesmo só água)

Estufar a cebola e a cenoura no azeite. Juntar as beterrabas, e as maças cortadas em cubos. Adicionar o caldo de legumes e deixar cozer lentamente. Como as beterrabas já estão assadas este passo não demora muito. Temperar com sal e pimenta a gosto. Passar com a varinha mágica até estar bem cremosa.

Eu costumo servir com quadrados de queijo feta e croutons.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Creme de Ervilhas e Hortelã

Eu sei que apresentar uma sopa nesta altura do ano parece querer chamar o Inverno. Mas não, aliás, longe de mim tal ideia! No entanto, é inevitável o ciclo das estações (as poucas que restam...) e, nesta altura do ano, apesar dos dias ainda muito quentes, algumas noites já se fazem sentir mais frescas.
De qualquer modo, esta não é um sopa invernosa, daquelas que nos aquece o corpo e a alma. Pelo contrário,  este creme não só é muito rápido de se preparar, como a presença da hortelã o torna bastante refrescante.

Óptimo para um jantar light acompanhado de uma salada, ou no meu caso de umas tostas com queijo de cabra. O iogurte ou sour cream são opcionais, e desta vez omiti por que não tinha em casa, mas recomendo vivamente a sua utilização!


Creme de Ervilhas e Hortelã

Ingredientes:
1 batata média (usei uma courgette porque não tinha batata)
1 dente de alho
850 ml de caldo de legumes
900 gr de ervilhas
4 colheres de sopa de hortelã
1 colher de sopa de sumo de limão
1 pitada de sal
150 ml de iogurte ou sour cream (opcional)

Preparação:
Refogue o alho num pouco de água (sim, água), apenas para amenizar um pouco o sabor. Junte a batata e o caldo de legumes e deixe cozer. Adicione as ervilhas e deixe cozer durante mais 5 min. Tempere com sal e pimenta a gosto. Desligue o lume e acrescente a menta, o sumo de limão e o açucar e passe com a varinha mágica. 
Incorpore metade do iogurte ou sour cream.

Pode servir este creme frio ou quente. Caso opte por servir frio, deixe arrefecer e guarde no frigorífico até consumir (pode ter que acrescentar um pouco mais de água).
Sirva decorado com o resto do iogurte ou sour cream.

Nota: Caso tenha de reaquecer este creme tenha atenção para não o deixar ferver para não talhar o iogurte ou sour cream.

domingo, 5 de setembro de 2010

Panquecas de Domingo

Domingo é dia de descansar, de acordar naturalmente (sem despertador), de não ter horários e de pequeno-almoço tardio e principesco! Pelo menos cá em casa... Até o cão deve saber que é domingo porque dorme até mais tarde sem nos aborrecer. Afinal até Deus descansou ao sétimo dia!

O R. gosta muito de torradas com ovos mexidos de pequeno-almoço, mas o que fazer quando não há ovos em casa? Panquecas sem ovos! 

Receita deste livro:

Este livro é maravilhoso (falarei dele com mais detalhe futuramente).


Panquecas

Ingredientes:
1 chávena de farinha de trigo integral
1 chávena de farinha de trigo sem fermento
2 colheres de sopa de maizena
1/2 colher de chá de sal
1 1/2 colher de chá de fermento
1/4 de colher de chá de bicabornato de sódio
2 colheres de sopa de óleo
2 iogurtes naturais
1 chávena de água

Preparação: 
Misture todos os ingredientes menos o fermento e o bicarbonato de sódio. Deixe descansar a massa cerca de 1 hora no frigorífico (pode até preparar esta massa de véspera), este passo é recomendável mas não essencial. Antes de cozinhar as panquecas junte o fermento e o bicabornato de sódio. À minha massa juntei  também um pouco de mirtilos vermelhos secos (cranberries), que demolhei em água morna e Xerez enquanto a massa descansava.
Aqueça uma frigideira anti-aderente com um pouco de manteiga. Coloque um pouco de massa da frigideira de modo a fazer círculos de cerca de 8 cm (não faça muitas de uma vez, cerca de 2 ou 3 dependendo do tamanho da frigideira). Quando a massa fizer bolhinhas é altura de virar. Deixe cozinhar mais alguns instantes.

Sirva acompanhadas com o que mais gostar, compota, açucar em pó, manteiga, mel, etc.. Como não levam açucar estas panquecas podem também ser servidas como almoço ou jantar acompanhadas por exemplo de legumes salteados. 

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Histórias de Família

Sempre tive uma relação especial com a minha avó materna. Era uma senhora cheia de energia, com muitas histórias de vida para contar. E ao contrário da tradicional imagem da avó dedicada à cozinha, que preparava delicados bolos e bolinhos para os netos, a minha avó não nutria grande aptidão ou especial gosto pela cozinha. Não é que não cozinhasse, porque o fazia, ou que o que fizesse não fosse bom, porque até era, apenas não retirava grande prazer nisso ou sequer se dava ao trabalho de tomar nota do que fazia.

Escusado será dizer que não deixou um caderno de receitas para as gerações vindouras. Algumas coisas, porém, ficaram sem precisar de papel, herdei o seu gosto por bolos, e uma boa chávena de café de cevada. E deixou em mim uma grande inspiração até no que toca à culinária e recordo com saudade os momentos que passávamos na cozinha. Infelizmente algumas receitas que fazia jamais serão recreados… coisas tão simples como doce de tomate, marmelada, belhoses de abóbora ou pataniscas. Acho que se tornaram especiais de tão aldrabadas que eram.

Outra herança surgiu mais pelo acaso. Já mais velha a minha avó confundia as embalagens de polpa de tomate com as embalagens de ketchup. E portanto, não raras vezes trazia uma pela outra, sendo que, tecia sempre grandes elogios à polpa de tomate quando se enganava e comprava ketchup!

Dei o benefício da dúvida ao engano e resolvi experimentar. Realmente há descobertas que surgem do improvável, e há que concordarque o ketchup dá um agradável toque doce, mas subtil, à comida. Aliás, hoje em dia, em muitas receitas, sobretudo quando se trata de pequenas quantidades, uso ketchup em vez de polpa de tomate (como no strogonoff), ou então adiciono um toque de ketchup à polpa de tomate, faço muito isso na minha receita de bolonhesa de seitan. Ou simplesmente, à falta de um uso o outro… quem sai aos seus…